A
Babilônia é aqui. A Babilônia somos nós. Quase 3
milhões de pessoas de 76 nacionalidades e línguas
diferentes chegaram a São Paulo, principalmente para
produzir o café que então fumegava nos bules do
mundo todo. Eram os idos de 1880 a 1930, quando o
estado paulista fervilhava de aventura, emoção,
trabalho e desenvolvimento. Não foi outra a
inspiração do teledramaturgo Benedito Ruy Barbosa,
nas novelas Terra Nostra e Esperança, essa última em
exibição pela Rede Globo.
Mas faltava um livro que viesse dar consistência a
essa história dos imigrantes, sempre às voltas com o
café. Que descrevesse a desgraça e a fortuna desses
aventureiros, sempre com seriedade e leveza. É o que
fez a historiadora Sônia Maria de Freitas, no livro
“E chegam os imigrantes...: o café e a imigração em
São Paulo”, que já está na 2ª edição.
Este livro trata da importância da cafeicultura para
o Estado de São Paulo a partir da segunda metade do
século XIX. Sobretudo, aborda o processo de
desenvolvimento econômico e social em virtude da
expansão da lavoura cafeeira e as transformações
ocorridas no campo e na cidade: a imigração, a
expansão das ferrovias e da fronteira agrícola, a
urbanização, os novos setores sociais, o avanço
técnico e tecnológico, a industrialização e a
intensificação da vida artística e cultural.
Partindo de uma perspectiva historiográfica mais
atual, este livro apóia-se em análises de
pesquisadores contemporâneos, principalmente em
documentos textuais e iconográficos, assim como
depoimentos e relatos de época, cartas, diários,
poemas, pinturas, fotografias e ilustrações. Vale a
pena não perder este capítulo!
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